O presidente da Clube de Dirigente Logístico (CDL) de Marataízes, Itapemirim e Presidente Kennedy, Cidauro Bourguignon, expressou preocupações sobre o polêmico reajuste na tarifa de água imposto pelo Serviço de Água e Esgoto (SAAE) desde abril. Empresários e moradores de Marataízes e Itapemirim têm cobrado respostas e ações das autoridades locais.
Cidauro explicou que desde abril a entidade tem questionado ao SAAE e acionado o Ministério Público (MP) de ambos os municípios. “O MP de Marataízes abriu um procedimento, mas Itapemirim não respondeu. Notificamos também o PROCON de ambas as cidades. Marataízes respondeu e notificou o SAAE, que ainda não deu retorno,” afirmou.
A Câmara Municipal de Itapemirim tomou providências, enquanto a de Marataízes ainda não se posicionou. “Precisamos unir forças. Esse reajuste é desproporcional aos índices inflacionários,” disse Cidauro, destacando a falta de resposta do prefeito de Itapemirim.
Em conjunto com o assessor jurídico da CDL, Emerson Linhares, Cidauro apresentou dados sobre o reajuste. “O SAAE utilizou o período de junho de 2022 a maio de 2023 para calcular o aumento de 38,48%, muito acima dos indicadores econômicos,” explicou Minhares. “O IGPM caiu 4,46%, enquanto o INPC e o IPCA subiram cerca de 3,8%, o salário mínimo aumentou 8,81%. Mesmo somados, não justificam o reajuste aplicado.”
Linhares ressaltou que a lei prevê que a tarifa de esgoto aumente anualmente até 2026, além de reduzir o volume de água para cálculo da taxa mínima de consumo. “Em 2026, a tarifa de esgoto será 80% do valor da água. Isso significa que uma conta de R$ 100 terá R$ 80 de esgoto, totalizando R$180,” disse.
Cidauro conclamou autoridades a tomarem medidas contra o reajuste. “É absurdo, especialmente considerando a falta de investimentos e problemas frequentes de abastecimento. Precisamos agir para evitar mais aumentos. Peço ao prefeito de Itapemirim e ao presidente da Câmara de Marataízes que se posicionem. Não podemos aceitar esse aumento sem lutar,” finalizou.
Linhares reforçou que o reajuste contraria o princípio da modicidade tarifária, essencial para serviços públicos. “A Agência Nacional de Águas (ANA) busca vincular reajustes aos índices inflacionários. Este aumento do SAAE vai na contramão desse esforço,” destacou.
O CDL continuará questionando e buscando apoio para reverter o reajuste, visando um preço justo e acessível.
(DA REDAÇÃO \\ Guto Gutemberg)
(INF.\FONTE: Fabiano Peixoto \\ Capixaba News)
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