Que água é vida, todos estamos carecas de saber, mas como fazer quando a água não chega nas torneiras? Morrer? Claro que isso não é uma opção, mas moradores de Marataízes sofrem muito com a falta d’água em suas casas, problema que só se agrava no período de verão.
Moradores da extremidade de Marataízes, Balneário São João, Boa Vista do Sul, Praia dos Cações e toda a região vêm sofrendo o ano todo com a falta d’água, chegando, em alguns casos, a ficar sem abastecimento por mais de 15 dias seguidos. Com a chegada do verão e o aumento temporário da população o problema fica ainda mais crítico, faltando água em todos os bairros da cidade.
A empresa responsável pelo saneamento básico do município de Marataízes é o SAAE (Sistema Autônomo de Água e Esgoto) de Itapemirim. E é aí que começa o problema. Desde sua emancipação, Marataízes não construiu, nem fez a concessão pública do serviço de saneamento básico da cidade. Como a autarquia de Itapemirim já prestava o serviço, antes da emancipação, ela apenas manteve a atividade, visto que saneamento básico é um direito universal e não poderia sessar a atividade sem que antes houvesse, em Marataízes, uma própria empresa para isso. O que passados 27 anos, ainda não aconteceu.
O SAAE alega que concentrou seus principais investimentos em infraestrutura no município de Itapemirim, por não ter um dispositivo legal que lhe desse segurança para investir em Marataízes, mesmo a cidade sendo responsável por mais da metade da arrecadação da empresa. A Prefeitura, por sua vez, demonstrou desinteresse em firmar um convênio legal com o SAAE por entender que a autarquia receberia recursos de Marataízes mas quem tem domínio da gestão é o município de Itapemirim, ou seja, um entrave muito mais político do que econômico.
O último capítulo dessa novela que já dura 27 anos, foi a construção de poços artesianos em Praia dos Cações para suprir a demanda da região sul de Marataízes. O SAAE constrói um poço e alega que notificou o prefeito, há aproximadamente três anos, de que seria necessária a construção de mais dois poços, que a autarquia não teria como custear, ou haveria desabastecimento das comunidades da região. Em 2023, o SAAE reiterou esse pedido, informando que já havia desabastecimento e da urgência na construção dos poços, especialmente pela proximidade do verão.
A Prefeitura, por sua vez, licitou apenas um poço, que ainda não foi feito, o que, de acordo com o SAAE, não é suficiente para solucionar o problema em definitivo.
Infelizmente, o problema persiste, a população das comunidades atingidas fica privada de um bem básico, mesmo vivendo em uma das cidades mais ricas do Espírito Santo. E mais uma vez os interesses políticos de sobrepõem à necessidade do povo. Pobre município rico.
DA REDAÇÃO \\ Gut Gutemberg)
(INF.\FONTE: Internet \\ CapixabaNews)
(FT.\CRÉD.: Internet \\ Divulgação)